Secretários estaduais e municipais de
educação, que tenham em suas redes escolas multisseriadas no campo ou
quilombolas, já podem aderir ao Escola da Terra, programa do Ministério
da Educação que oferece formação continuada a professores que lecionam
nessas unidades. A adesão foi aberta nesta terça-feira, 20, e se estende
até 19 de setembro.
Para aderir, o gestor precisa entrar na
página eletrônica do Sistema de Informações Integradas de Planejamento,
Orçamento e Finanças do MEC (Simec) e informar seu CPF e senha. Dentro
do Simec, acessa o Plano de Ações Articuladas (PAR) e o programa Escola
da Terra. De acordo com Antônio Lídio Zambom, coordenador geral de
políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), nesta etapa do processo,
o gestor informa apenas o número de escolas multisseriadas e
quilombolas de sua rede e o número de professores.
Dados do Censo Escolar informados pela
Secadi indicam que o país tem hoje 865 escolas quilombolas do primeiro
ao quinto ano do ensino fundamental e 53.713 escolas com classes
multisseriadas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Em 2013,
o programa Escola da Terra atenderá 7,5 mil professores. As escolas
selecionadas para esta edição, explica Antônio Lídio, deverão informar,
posteriormente, o nome dos educadores e CPF.
O programa – O Escola
da Terra compreende quatro ações: formação continuada e acompanhada de
professores que trabalham com estudantes dos anos iniciais do ensino
fundamental em escolas multisseriadas no campo e em escolas quilombolas,
além dos assessores pedagógicos que terão a função de tutores; oferta
de materiais didáticos e pedagógicos; monitoramento e avaliação; gestão,
controle e mobilização social.
Educadores e tutores terão curso de
aperfeiçoamento com carga horária mínima de 180 horas. A formação terá
dois períodos – a frequência no curso denominada tempo-universidade e
outro para as atividades realizadas em serviço (escola-comunidade) que
será acompanhada por tutores. A qualificação dos docentes será de
responsabilidade das instituições públicas de ensino superior que
aderirem ao programa.
A produção e oferta dos materiais
didáticos e pedagógicos são de responsabilidade do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). São jogos, mapas, recursos para
alfabetização, letramento e matemática. Já o coordenador estadual e o
tutor que acompanham e orientam os educadores durante sua formação serão
remunerados com bolsas a serem pagas pelo FNDE.
Piloto – Em 2013, sete
universidades federais foram selecionadas para participar de um projeto
piloto do Escola da Terra em quatro das cinco regiões do país. O piloto
terá 7.500 vagas distribuídas entre as universidades federais do
Amazonas (UFAM) com 1.500 vagas, da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA), de
Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Minas Gerais (UFMG) e
do Maranhão (UFMA), com mil vagas cada. Em todos os estados, os cursos
estão previstos para 2014.
Conheça a Escola da Terra
Acesse o Simec
Autor: MEC
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