sábado, 25 de fevereiro de 2012

ENTREVISTA DOCENTE: Prof.ª Maria Luzinete Cabral.

Nesta edição, o nosso blog tem a grande honra em ter entrevistado a professora de universidade Maria Luzinete Cabral, na entrevista, a mesma fala do início de sua carreira e outros fatos muito interessante à aqueles que pretendem ingressar na profissão. Confira.



Nome: MARIA LUZINETE CABRAL
Formação: LICENCIADA EM LETRAS E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO/UERN
Locais de Trabalho: (escolas ou instituições educacionais):
UERN/NUCLEO DE  EDUCAÇÃO ENSINO SUPERIOR/MACAU E UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ/UVA

1 - Para iniciar,  como você avalia o processo educacional brasileiro? 
O atual Sistema Brasileiro de Educação tem mostrado que, existe uma grande lacuna entre as suas propostas filosóficas e metodológicas e a sua realidade em sala de aula, assim como os seus fins e a sua realidade concreta.
Qualquer sistema educacional só é um sistema se tiver uma entrada facilitada, uma continuidade garantida e na sua saída uma coesão com os seus princípios. Sendo que, um sistema educacional de um país que, busca um bem estar social, para o seu povo tem como ponto principal à formação do cidadão completo, humanista e transformador.
Um cidadão só é completo quando é conhecedor dos seus deveres com o Estado Executivo (leis) e o Estado Social (sociedade como um todo) e seus direitos como partem de uma nação que, tem obrigação com ele e com a sua família.


2 - Segundo Paulo Freire, não existe educação sem amor. Você concorda? Concordo, pois sem amor não há educação. O professor para lecionar tem que ter vocação, amor pelo que faz. Ensinar exige segurança, competência profissional. O professor tem com a sua profissão, o compromisso ético de estar atento as modificações que se fazem a partir do seu trabalho docente, tanto com seus alunos como em suas próprias atividades.

3 - Quais os autores que você tem como referência para desenvolver suas atividades em sala de aula? Paulo Freire, Piaget, José Manuel Moran, José Carlos Libânio.
4 – Sabemos que a participação da família no processo educativo é algo complicado de se alcançar, porém sua concretização trás muito êxito ao desenvolvimento da aprendizagem do aluno. O que você desenvolve ou até, mesmo, sugere que seja feito para aproximar os pais a sala de aula de seus filhos?
Antes de tudo é necessário existir a consciência, por parte do educador, de que a família é essencial no processo educativo, reconhecer as suas vantagens, reflectir sobre o tipo de envolvimento e as melhores estratégias a implementar para o seu sucesso. O processo educativo deve atender à realidade de cada aluno, e para isso é necessário conversar com os pais para ter uma noção da realidade onde ele se insere. Surge então a necessidade de intensificar o diálogo com a família. Isto implica tornar a Escola um local de trabalho agradável para todos os intervenientes, onde existam espaços de diálogo, reflexão e participação. Atingido a etapa do diálogo será mais fácil solicitar a participação e colaboração dos Pais e Encarregados de Educação nas várias actividades da Escola .

5 – Como se deu inicio a sua carreira de professora? Iniciei minha carreira profissional na educação básica em duas escolas, o ENSV/ASSU e EEJK/ASSU. Em 1980, iniciei na UERN, como professora de Língua Portuguesa, Didática e práticas de ensino. Fui chefe de departamento de Letras durante onze anos. Hoje continuo na UERN como professora substituta, pois já sou aposentada pela mesma por tempo de serviço e leciono na UVA já há quatro anos.

6 – Hoje, a senhora é professora de duas universidades, antes disso, encontrou alguma dificuldade para chegar a esse cargo? Graças a Deus, não. Sempre fui muito responsável e comprometida com minha profissão. Nunca encontrei nenhuma dificuldade. Sou feliz por ser professora. (risos)

7- Qual a diferença existente entre dar aulas no curso de letras e no de pedagogia? Não existe, apenas a clientela com quem os alunos(universitários) vão lidar na profissão será diferente.
 

8 – Qual a sua mensagem para aqueles que ainda encontram-se nos bancos universitários objetivando a carreira docente?
   
Ser professor é...
Ser professor 
é professar a fé
e a certeza de que tudo
 
terá valido a pena
 
se o aluno sentir-se
 feliz
pelo que aprendeu com você
e pelo que ele lhe ensinou...
Ser professor é consumir horas e horas 
pensando em cada detalhe daquela aula que,
 
mesmo ocorrendo todos os dias,
 
a cada dia é única e original...
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, 
diante da reação da
 turma, 
transformar o cansaço numa
 aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

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