domingo, 8 de abril de 2012

E O ENSINO DE GEOGRAFIA?

Maria Célia Moura de Oliveira
(Análise do texto "E o ensino de Geografia?")

            O texto nos transparece uma questão muito presente dentro das instituições de ensino brasileiras, que é a dificuldade de se realizar um trabalho de disciplinas específicas utilizando o fazer pedagógico e qual será a forma em que o docente de disciplinas como geografia deverá construir o traçado de seu trabalho, ou seja, quais os temas a serem trabalhados com os alunos e como os mesmos serão desenvolvidos para que se alcancem com êxito os objetivos estabelecidos para disciplina ou eixo temático.

A APARENTE OPOSIÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
            O autor traz a tona um aspecto que muito merece destaque entre os educadores, pois parte deles visam quase que exclusivamente os conhecimentos/fundamentação teórica sem avalizar o que tem a dizer sobre a prática concreta e as contribuições que esta proporciona, sendo que em alguns casos são, até mesmo, evitadas por acharem relatos descartáveis ou não utilizáveis que não expõe qualquer importância ao debate diário, porém acreditamos que a prática propicia uma maior ludicidade no assunto que se está debatendo, pois o aluno poderá comparar sua fundamentação teórica com bases reais vivenciadas em seu cotidiano e, que só enriquecem o fazer do professor, isto que dizer que, na verdade, aplicamos na prática o que discutimos continuamente na teoria.
            Existem diversas possibilidades que estimulam alunos e professores de geografia a desenvolverem o seu saber-fazer, contribuindo de tal forma a desenvolver sua autonomia pedagógica.
OS PLANEJAMENTOS DE CURSOS
Para aqueles professores veteranos, falar de planejamento já traz um sentido contraditório ao real papel do ato de planejar, pois os mesmos o veem  como uma intenção burocrática, fato esse que se revela de sentido oposto quando valorizamos um ensino ativo. Porém isso decorre do fato de que o planejamento esteja (na maioria dos casos) associado a uma submissão burocrática, ou seja, estão ligados ao poder.
Vale destacar que o ato de planejar pode ganhar um sentido que não seja propriamente instrumental, pois são os objetivos estabelecidos que dão o real sentido do planejamento, sendo o mesmo uma forma de coordenar, orientar ou indicar por quais caminhos o curso deverá seguir. Pois segundo Martinez e Oliveira (1997, p. 11) entende-se por planejamento um processo de previsão de recursos humanos disponíveis a fim de alcançar objetivos concretos em prazos determinados e em etapas definidas a partir do conhecimento e avaliação cientifica da situação original.
Se o empenho docente estiver voltado para um ensino inovador, o planejamento é quem vai indicar a escolha dos temas de estudo, a forma procedimental e as ações para o seu desenvolvimento e se os rumos que nos levam os objetivos, forem claros e se as modificações que necessitam-se realizar forem explícitas, significar então que estamos de acordo com a realidade escolar, daí poderemos observar se o ato de planejar é uma prática meramente burocrática ou democrática.

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